Durante algum tempo, fui voluntário junto a terminais. Não é fácil. Não pela realidade do fato. Mas pela dramaticidade que família e amigos dão ao acontecimento. Raro encontrar alguém que trate o episódio com mínimo de lógica e sensatez. Ninguém olha a dignidade, a humilhação, o sofrimento. Mas olha seu próprio egoísmo de querer reter para si aquele ocaso de vida. Pouco se importando se ali há sofrimento. Nenhum pouco pensando na atrocidade da dor física. Mas pensando em si. Nossa cultura é da vida. A qualquer preço. Custe o que custar. Com isso, atropela-se a dignidade. Impinge-se crenças, alegorias, argumentos irracionais. Fere-se a Ética e à Moral. Muito ao contrário de outros povos. Que com sábia naturalidade, dão a serena dimensão da morte. Nós, filhos dessa cultura vesga, também nunca paramos para o questionamento se: -É inteligente? -É racional? -Quanto custa, eticamente, arrastar um resíduo de vida por mais uma ou duas horas? E aí?! Você conseguiu que aquela pessoa ficasse, ainda que radicalmente desconectada do mundo, mais uma hora "viva," à base de não sei quantas injeções e até ressuscitador. E aí?! Há 15 dias que meu pai estava em coma no hospital. Não era meu pai, mas um vegetal. Pedi a um dos médicos que desligasse tudo. Horrorizou-se. Deu um grito de "Isso nunca." Calei-me. Exatamente uma semana depois, entrava em óbito oficial. Já nem mais era um vegetal: -Tornara-se um dejeto. E a racionalidade, onde fica? E a Ética, onde fica? E a Moral! Por fim, e à meditação, proponho: -Quanto custa, eticamente, arrastar uma ruína de vida por mais uma hora ou um dia? O que desejo é uma postura humana, lúcida, vertical, sem crendices, honesta e livre. Ah! Minha mãe? 86 anos. Já me pediu que eu consiga com o médico o desligamento. Ela sabe que tentarei.
Arnaldo Romano.
Direito - Filosofia Pura. Sócio/antropologia - Teologia. Palestrante. Pesquisador do Comportamento. Administrador de Imóveis. - Delegado de Polícia Civil -
Bom, esse é um assunto polêmico, e que podemos chamar de eutanásia, ou seja, uma forma de abreviar a morte de um doente terminal sem que ele sofra ou sinta qualquer tipo de dor. Ela é praticada por um médico com o consentimento do doente ou da família do mesmo. É um assunto muito discutido na questão ética e no direito, pois existem dois lados, o a favor e o contra. Do ponto de vista a favor, ela seria uma forma de aliviar a dor e o sofrimento de uma pessoa que se encontra num estado muito crítico e sem perspectiva de melhora, dando ao paciente o direito de dar fim a sua própria vida. Já do ponto de vista contra, a eutanásia seria o direito ao suicídio, tendo em vista que o doente ou seu responsável teria o direito de dar fim a sua vida com a idéia de que tal ato aliviaria dor e sofrimento do mesmo. Com casos assim vem à tona em nossas mentes certos questionamentos: Será que alguém tem direito de por fim a sua própria vida ou de decidir o fim da vida de outra pessoa? É correto permitir que o doente viva num estado estático de dor e sofrimento? Bom, essas são perguntas que persistem e até o presente momento não obtiveram respostas. Enfim, este tema é muito sugestivo para uma reflexão, na qual você poderá fazer uma avaliação do certo e errado e do direito sobre a vida. Li esse artigo assinado por: Por Eliene Percília, Equipe Brasil Escola. E achei por bem coloca-lo aqui, porque tem tudo à ver com esse tema. Maravilhoso dia minha querida. Bjks carinhosas e sucesso pela ousadia. Você merece!
...quando chegar a hora! muito bem dito...QUANDO CHEGAR A HORA...assim como chega a hora do primeiro despertar à luz, assim deve ser também o encerrar o ciclo por aqui, seguindo com racionalidade o tempo do Mestre o soberano sobre todas as coisas...mudar este caminho é brincar de ser Deus...e como em toda brincadeira corre-se o risco do machucar-se gravemente...assim penso eu, minha linda...bjs na alma.
È um tema sofrido, doloroso,angustiante.Muitos já passaram e outros ainda vão passar... Vou falar do tema por um outro ângulo. Essa ""hora""num hospital público: Será que é a chegada hora?? Afinal a escacez de medicamentos, de profissionais da saúde, dos totais recursos para salvar vidas, estão pre dispostos para oferecer salvamento naquele exato m0mento?? Individuos que ficam a mercê de diagnósticos, dias após dias, precisando de cirurgias, que poderiam ser feitas se o Estado se interessasse pela saúde. Nos Hospitais Particulares. Nossa quanto requintes, salas, cafezinhos, cházinhos, ar condicionados,uma fortuna!! Mais e a saúde quanto custa?? Quantos hospitais adiam a tal chegada hora, para ganhar mais. uns dindins dos familiares ou das instituiçoes que ofornecem os recursos. E que recursos!!! Será que a chegada de um individuo da rua, teria essa regalia??? E os Hospitais escolas!! Esses são fenomenais!!! Você tem a espectativa que vai encontrar a tal solução para a devida hora. Afinal, enquanto você é objeto de estudo a sua hora vai se estendendo. Mas, quando não há mais interesse, todas as pesquisas e testes encerraram, o que fazer com a cobaia humana viva que está ali?? Infelizmente a tal chegada Hora, cada dia mais, antecipa, pelo fato da medicina ter virado um comércio, com tanto estudo, pesquisa mundiais. Morremos por falta de recursos humanos e sensibilidade do Governo que nos representam.
A vida é uma curta passagem por este mundo. Mais curta do que nós pensamos, e se nós pensarmos bem não deviamos dar tanta importancia a muitas coisas e dar mais importancia a outras. para que tanta labuta, para que tanto egoismo, tantas guerras,
porque não damos mais atencão aqueles que todos os dias querem ter o que por vezes nós desperdicamos.
Não podemos ir contra a vontade de Deus, portanto, quando chega a hora temos que ir e pronto. Ninguém morre na véspera. Gostei de seu blog. Perguntas inteligentes e bem criativas. Parabéns!!!!!!!
9 comentários:
Durante algum tempo, fui voluntário junto a terminais.
Não é fácil.
Não pela realidade do fato.
Mas pela dramaticidade que família e amigos dão ao acontecimento.
Raro encontrar alguém que trate o episódio com mínimo de lógica e sensatez.
Ninguém olha a dignidade, a humilhação, o sofrimento.
Mas olha seu próprio egoísmo de querer reter para si aquele ocaso de vida.
Pouco se importando se ali há sofrimento.
Nenhum pouco pensando na atrocidade da dor física.
Mas pensando em si.
Nossa cultura é da vida. A qualquer preço. Custe o que custar.
Com isso, atropela-se a dignidade.
Impinge-se crenças, alegorias, argumentos irracionais.
Fere-se a Ética e à Moral.
Muito ao contrário de outros povos.
Que com sábia naturalidade, dão a serena dimensão da morte.
Nós, filhos dessa cultura vesga,
também nunca paramos para o questionamento se:
-É inteligente?
-É racional?
-Quanto custa, eticamente, arrastar um resíduo de vida
por mais uma ou duas horas?
E aí?!
Você conseguiu que aquela pessoa
ficasse, ainda que radicalmente desconectada do mundo,
mais uma hora "viva,"
à base de não sei quantas injeções
e até ressuscitador.
E aí?!
Há 15 dias que meu pai estava em coma no hospital.
Não era meu pai, mas um vegetal.
Pedi a um dos médicos que desligasse tudo.
Horrorizou-se. Deu um grito de "Isso nunca."
Calei-me.
Exatamente uma semana depois,
entrava em óbito oficial.
Já nem mais era um vegetal: -Tornara-se um dejeto.
E a racionalidade, onde fica?
E a Ética, onde fica?
E a Moral!
Por fim, e à meditação, proponho:
-Quanto custa, eticamente, arrastar uma ruína de vida
por mais uma hora ou um dia?
O que desejo é uma postura humana, lúcida, vertical,
sem crendices, honesta e livre.
Ah! Minha mãe?
86 anos.
Já me pediu que eu consiga com o médico o desligamento.
Ela sabe que tentarei.
Arnaldo Romano.
Direito - Filosofia Pura.
Sócio/antropologia - Teologia.
Palestrante.
Pesquisador do Comportamento.
Administrador de Imóveis.
- Delegado de Polícia Civil -
Bom, esse é um assunto polêmico, e que podemos chamar de eutanásia, ou
seja, uma forma de abreviar a morte de um doente terminal sem que ele sofra ou sinta qualquer tipo de dor.
Ela é praticada por um médico com o consentimento do doente ou da família do mesmo. É um assunto muito discutido na questão ética e no direito, pois existem dois lados, o a favor e o contra.
Do ponto de vista a favor, ela seria uma forma de aliviar a dor e o sofrimento de uma pessoa que se encontra num estado muito crítico e sem perspectiva de melhora, dando ao paciente o direito de dar fim a sua própria vida.
Já do ponto de vista contra, a eutanásia seria o direito ao suicídio, tendo em vista que o doente ou seu responsável teria o direito de dar fim a sua vida com a idéia de que tal ato aliviaria dor e sofrimento do mesmo.
Com casos assim vem à tona em nossas mentes certos questionamentos: Será que alguém tem direito de por fim a sua própria vida ou de decidir o fim da vida de outra pessoa? É correto permitir que o doente viva num estado estático de dor e sofrimento? Bom, essas são perguntas que persistem e até o presente momento não obtiveram respostas. Enfim, este tema é muito sugestivo para uma reflexão, na qual você poderá fazer uma avaliação do certo e errado e do direito sobre a vida.
Li esse artigo assinado por:
Por Eliene Percília,
Equipe Brasil Escola.
E achei por bem coloca-lo aqui, porque tem tudo à ver com esse tema.
Maravilhoso dia minha querida. Bjks
carinhosas e sucesso pela ousadia.
Você merece!
Beth Simões.
Quando chega a hora, não podemos fazer nada, alem de relembrar os momentos juntos..... avida tem dessas coisas.. abração e tudo de bom
...quando chegar a hora! muito bem dito...QUANDO CHEGAR A HORA...assim como chega a hora do primeiro despertar à luz, assim deve ser também o encerrar o ciclo por aqui, seguindo com racionalidade o tempo do Mestre o soberano sobre todas as coisas...mudar este caminho é brincar de ser Deus...e como em toda brincadeira corre-se o risco do machucar-se gravemente...assim penso eu, minha linda...bjs na alma.
É o ciclo da vida..
bjos e um fds lindinho prá vc!
È um tema sofrido, doloroso,angustiante.Muitos já passaram e outros ainda vão passar...
Vou falar do tema por um outro ângulo.
Essa ""hora""num hospital público:
Será que é a chegada hora??
Afinal a escacez de medicamentos, de profissionais da saúde, dos totais recursos para salvar vidas, estão pre dispostos para oferecer salvamento naquele exato m0mento??
Individuos que ficam a mercê de diagnósticos, dias após dias, precisando de cirurgias, que poderiam ser feitas se o Estado se interessasse pela saúde.
Nos Hospitais Particulares.
Nossa quanto requintes, salas, cafezinhos, cházinhos, ar condicionados,uma fortuna!!
Mais e a saúde quanto custa??
Quantos hospitais adiam a tal chegada hora, para ganhar mais. uns dindins dos familiares ou das instituiçoes que ofornecem os recursos. E que recursos!!!
Será que a chegada de um individuo da rua, teria essa regalia???
E os Hospitais escolas!!
Esses são fenomenais!!!
Você tem a espectativa que vai encontrar a tal solução para a devida hora.
Afinal, enquanto você é objeto de
estudo a sua hora vai se estendendo.
Mas, quando não há mais interesse, todas as pesquisas e testes encerraram, o que fazer com a cobaia humana viva que está ali??
Infelizmente a tal chegada Hora, cada dia mais, antecipa, pelo fato da medicina ter virado um comércio, com tanto estudo, pesquisa mundiais.
Morremos por falta de recursos humanos e sensibilidade do Governo que nos representam.
A vida é uma curta passagem por este mundo.
Mais curta do que nós pensamos,
e se nós pensarmos bem não deviamos dar tanta importancia a muitas coisas e dar mais importancia a outras.
para que tanta labuta,
para que tanto egoismo,
tantas guerras,
porque não damos mais atencão
aqueles que todos os dias querem ter o que por vezes nós desperdicamos.
bj voltarei
...e quando chega a hora?
Chegou no momento certo. No tempo de Deus.
A morte não é o fim, ela é sim
o começo de tudo.
Um bom fds, bjs.
Carlos Henrique.
Não podemos ir contra a vontade de
Deus, portanto, quando chega a hora temos que ir e pronto.
Ninguém morre na véspera.
Gostei de seu blog.
Perguntas inteligentes e bem
criativas. Parabéns!!!!!!!
Manolo
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